Eu continuo garimpando tesouros no twitter. E o último achado ou reachado, já que trabalhamos juntos na década de 80, aqui em Brasília, foi o Cesar Valente, jornalista, professor universitário, ilustrador, colunista, blogueiro e mais um tanto de coisas. Ah sim! marido da Lúcia, pai do Pedro, do André e da Marta, avô de dois netos.
Quero falar de uma coisa Adivinha onde ela anda |
Deve estar dentro do peito Ou caminha pelo ar |
Nosso relacionamento virtual progrediu quando ele passou mais de dois meses na Escócia, para acompanhar o nascimento do segundo neto, filhinho da Marta. Viajou acompanhado da sua Lúcia e de lá mandou relatos interessantes de suas peripécias pelas Highlands, como o encontro reservado com o monstro do Lago Ness que, óbvio, não é lenda... e até escreveu para o este Blog, para o qual espero que continue contribuindo.
A conjuntura dos astros favoreceu e dias depois de retornarem ao Brasil, Cesar e Lúcia vieram à Brasília para o aniversário do netinho mais velho. Infelizmente já retornam à Florianópolis neste domingo (06/03). Com tão poucos dias por aqui e com tantos compromissos familiares foi uma luta para nós, eu e Carmensita, convencê-lo para um bate-papo mínimo que fosse, regado a suco ou café, já que almoço ou jantar estava fora de cogitação.
Pode estar aqui do lado Bem mais perto que pensamos |
Fui a primeira a chegar. Logo que me sentei, uma das atendentes me entregou o cardápio e avisou que a máquina de cartão crédito/débito estava fora do ar e que eles não aceitavam cheques. Abri minha bolsa e contei exatos R$ 23 reais. Avisei, então, que estava esperando por dois amigos e que decidiria o que fazer quando chegassem.
Chuva forte. Amigos atrasados. Uma segunda atendente, mais parecendo chefe, veio e explicou novamente que pagamento só em dinheiro. Eu disse que estranhava o fato de não aceitarem cheque em uma situação especial como aquela. Como resposta ela recolheu o cardápio da mesa.
Carmensita foi a segunda a chegar. Avisada, certificou-se que tinha cem reais na bolsa. Mas quando o Cesar chegou, a situação complicou-se. Ele trazia nos bolsos apenas um real e algumas moedinhas fajutas. Se decidíssemos comer e beber um vinho, certamente o que tínhamos seria insuficiente. Avisamos que estávamos indo embora e os atendentes, mesmo com o estabelecimento quase completamente vazio, nos deram tiauzinhos sorridentes. Inacreditável! Estávamos sendo dispensados como clientes e assim no maior descaso, sem nem um pedido de desculpas.
A folha da juventude É o nome certo desse amor |
Foram quase quatros horas de muita conversa. Cesar é um humorista nato. Fala as coisas mais intrigantes e estapafúrdias com a cara mais séria desse mundo. Como não se estatelar de rir? Ganhei o 'De olho na capital' (não,não é de olho em Brasília, é de olho em Florianópolis) , uma seleta de colunas que publicou, a partir de 2005 no Diarinho (Diário do Litoral), com dedicatória. E ainda pedi um segundo exemplar (Que cara de pau!) para o amigo Ricardo @kassatti. Termino este post que se alonga em demasia, já com muitas saudades desse amigo 'manezinho da Ilha'. A Carmensita mora ali mesmo, no Lago Norte e já nos prometemos encontros mais frequentes.
PS. Nas legendas das fotos, a primeira estrofe de 'Coração de Estudante', Milton Nascimento.
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