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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Consultório sentimental: Minha casa virou hotel. Ou melhor, motel...

Queridos leitores,
como já dissemos, ao fazer este Blog, a partir do incentivo do nosso amigo Ricardo @Kassatti , não tínhamos a menor ideia de que nossa caixa postal ficaria entupida de pedidos de aconselhamentos sobre a vida conjugal,  questões de trabalho e até de relacionamento com os filhos. Vejam mais este "drama" que nos chegou: 

"Sinceramente queridas amigas do Café & Veneno (posso chamá-las de amigas?), não imaginava que  com dois  filhos já formados, encaminhados na vida, estivesse enfrentando essa situação. Eu e meu marido não aguentamos mais.  Nossa casa virou um hotel. Ou melhor, motel. Os meninos, desde os 16 anos, e já estão com quase 30, se trancam dentro dos respectivos quartos com as namoradas. 

Começaram fazendo isso, quando não estávamos em casa, no nosso horário de trabalho. Agora como também já trabalham, somos três casais na mais imperfeita coabitação. Eu e meu marido, os meninos e suas namoradas da hora. Não todas as noites, é claro, mas quase todas. Fim de semana é de dia e de noite. Não temos (eu e meu marido) qualquer privacidade.

Tivemos que comprar um frigobar pra nosso quarto porque, numa bela madrugada, meu marido levantou-se pra tomar água e encontrou uma perfeita estranha em nossa cozinha,  em trajes sumaríssimos, para não dizer quase nenhum,  em viagem exploratória à geladeira.  Para espanto do meu marido a garota, muito à vontade,  não sou se apresentou com um  - Oi,eu sou a Carina, como lhe perguntou se queria acompanhá-la no lanchinho. 

Meu marido, desorientado, deu meia volta volver e chegou ofegante ao quarto, sem  se lembrar da razão que o levara a cozinha.  No café de manhã, não notamos nenhuma  preocupação com o ocorrido por parte deles. Só uns risinhos e uns olhares de soslaio que nos irritaram bastante. 

A cara de pau dos meus meninos e  de suas tantas namoradas é tamanha que eu e meu marido resolvemos aproveitar as promoções de fim de semana dos  hotéis de Brasília. Saímos de casa na sexta, depois do trabalho, e retornamos no domingo, à tarde.  Assim podemos relaxar e namorar também um pouquinho. Afinal, ainda gostamos disso. Mas quando chegamos em casa, é aquele desgosto. Não tem nada no lugar. Nenhum copo limpo. A pia da cozinha é uma montanha de louça suja. A sala de perna pro ar. Nem vou falar das condições em que encontramos os banheiros. Sobre as camas, toalhas molhadas. 

Realmente não sei o que fazer. Meu marido está até pensando em alugar um apartamento pequeno só  pra nós e deixá-los com este maior. Não vejo meus meninos fazendo qualquer plano de se mudarem. Torram tudo o que ganham em baladas, viagens e bons carros.
Perdão pelo desabafo. Mas acho que  vocês podem  me ajudar a sair dessa situação."

Aguardo algum retorno,
Teresa M. 

Prezada amiga (claro que podemos nos chamar de amigas!)
A minha resposta é bem simples. A solução precisa ser radical. Os teus "meninos"  já estão perto dos 30. São formados e tem empregos. Aposto que você se seu marido equiparam o quarto de cada um deles, ainda na adolescência, com cama de casal, camisinhas na gaveta da mesinha de cabeceira, televisão, computador, estante . Cada um deles tem uma Kit completa na casa de vocês, além de comida e roupa lavada. Pra que  mudar? 

Cada quadra de Brasília tem uma chaveiro, não é mesmo? Troque as fechaduras da casa. Coloque o necessário de cada um deles em malas e deixe-as na portaria  do prédio com um bilhete: "Filhinho, adeus! A tua hora chegou. Vá para um hotel até arrumar um lugar para morar que seja teu. Quando arrumá-lo, venha buscar o resto dos teus pertences. Lots of love, mamãe" Simples assim. Boa sorte!
Este é o "conselho" que posso te dar,
Clara Favilla

Como sempre, o espaço de comentários está aberto aos demais integrantes do Café & Veneno, como também aos leitores.
Vamos , gente, ajudar a Teresa a encontrar a privacidade perdida!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Consultório sentimental : entre a cruz e a espada...

 Bem por essa não esperávamos. O nosso endereço  cafeeveneno@gmail.com está entupido de pedidos de socorros vindos de  mulheres à beira de um ataque de nervos. Resolvemos,então, abrir um consultório sentimental e responder os SOS por ordem de chegada.

Vejam essa pobre mulher, a ponto de cometer não sei se exatamente a maior estupidez da sua vida. É a tal história quer sair da frigideira direta pro fogo. Resolvemos abrir espaço para que todos os leitores do blog opinem no espaço do comentário,de forma anônima ou identificada, Como queiram! O importante é dar alguma luz pra essa maluca:

"Sou leitora do Blog Café e Veneno e acompanho os textos com a maior atenção. No momento, as amizades que faço no Twitter e a leitura de blogs são minha única distração. Estou vivendo um momento difícil. Casada há quase 20 anos, estou apaixonada por outra pessoa. 

Essa outra pessoa convive comigo e com meu marido no dia a dia e o sofrimento só aumenta. É que estou amando o marido da minha melhor amiga. Saímos juntos, nos encontramos sempre e eu já não sei mais como agir para disfarçar. Por enquanto, esse amor é puramente platônico. Mas sinto que teria espaço para investir numa relação carnal. 

Acho que ele percebe sinais do meu amor, por isso dá todas as pistas de que poderíamos avançar. Meu marido e minha amiga nada percebem, tenho certeza disso. E isso me torna ainda mais culpada. Se optar por tornar essa paixão real, não vou conseguir continuar fingindo.

Meu sentimento é tão forte que todos vão perceber. E se não fizer isso, serei consumida por essa paixão que já nem me deixa respirar direito. Resolvi expor meu problema no Café & Veneno porque vejo que são mulheres bem resolvidas. O que devo fazer? Me ajudem, amigas... Abraços, "

KFS, 39 anos 

Prezada consulente,
Esta história de se apaixonar pelo marido da melhor amiga não tem futuro. Ou melhor, futuro até que tem, mas certamente será  péssimo. Qualquer vereda que você seguir vai ser um Deus nos Acuda. Por isso, te recomendo baixar o facho. 

Acho que tua vida está por demais ociosa. Se você trabalha, não dá a mínima para isso porque sequer o menciona na tua mensagem. Também se você é mãe está se lixando para o fato.  O problema é complexo e não vou lhe dar soluções simples, porque como sempre repetia Pedro  Malan, quando ministro da Fazenda, são o melhor caminho para se dar com os burros n´água. "Para um problema complexo há sempre soluções simples. Todas erradas", dizia ele.

Uma solução simples seria você largar a vida que construiu nesses 20 anos e fugir com o marido da sua amiga. Mas ela pode dar uma de doida e contratar alguém para persegui-los e pum...pam... pum.  Vocês até poderão ter uma cama king size , mas no cemitério. O fato dessa tua vida de 20 anos de casada não ter sido grande coisa não lhe faz merecer tal destino. 

Outra solução simples seria a chamada troca de esposas. Mas se você acompanha o programa na televisão sabe que vira tudo uma confusão e gritaria. Realmente é de embrulhar o estômago. Pra falar a verdade, tesão entre casais amigos sempre rola. Mas quando consumado acaba em muito choro e pouco riso. Alguma casa sempre acaba caindo.  Se a casa da tua amiga é de pedras e a tua é de palhas ou de tijolos, dá pra se ter ideia qual delas cairá primeiro. É só se lembrar da história do Lobo Mau e os Três Porquinhos.

Olha vou repassar o e-mail para outras integrantes do @cafeveneno para ver se alguém lhe aponta uma luz no fim do túnel porque eu, querida consulente, nesse caso, não consigo ver um palmo adiante do nariz. Conclamo também nossos leitores, de qualquer "orientação sexual " a estenderem a mão a esta mulher  que, na minha opinião, para espantar o tédio que a definha quer mergulhar de cabeça num vespeiro.


Clara Favilla
Editora e coordenadora de pautas