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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Guerras Desconhecidas do Brasil (Estadão) ganha Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo

 Por Leonêncio Nossa 

O caderno especial “Guerras Desconhecidas do Brasil”, do Estadão, venceu o Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo (Categoria Especial - resgate Histórico), que vem sendo concedido desde 1984 pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos, Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio Grande do Sul e Ordem dos Advogados do Brasil.


A reportagem recebeu o “Prêmio Especial” do júri, pelo “resgate histórico” de 32 conflitos populares ao longo do século 20. Os jurados consideraram que o caderno foi um dos “melhores trabalhos apresentados nos 28 anos do prêmio”.

Um parentese, por gentileza: Eu sei que a questão dos direitos humanos perdeu espaço para outros temas até mesmo na rede de organizações sociais... eu sei que a "moda" é discutir "mídia"... eu sei que as universidades guardaram suas bandeiras históricas... eu sei que os governistas de ontem e os de hoje acham que o Brasil deve ir "para frente" a qualquer custo, sem garantir a integridade de comunidades tradicionais, os direitos dos peões e o respeito aos excluídos de sempre... eu sei que questionar - só questionar - um projeto de infraestrutura dos tempos sombrios de Geisel pode, agora, render rótulos estranhos... eu sei que o amigo da esquina pode zombar de uma demonstração de espanto diante do tratamento de presos nas delegacias, do fuzilamento de civis pelas polícias do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Recife...

Enfim... paciência... o que a gente curte mesmo é falar dos brasileiros simples... é ironizar militantes e suas causas "grandiosas"... é publicar uma reportagem clássica.

NR . O Caderno Especial do Estadão com a reportagem vencedora foi assinado por LEONENCIO NOSSA e CELSO SARMENTO

quinta-feira, 17 de março de 2011

Na cozinha ela é um desastre (deixa até água queimar), mas como repórter * ela é o máximo!

Por Leandra Lima

A foca aqui aceitou o desafio de escrever para o blog Café & Veneno, mesmo tendo só feras entre os seus integrantes. Vamos lá!

Cadê o Café&Veneno e o Café&Conversa?
A festa da 7a edição Troféu Mulher Imprensa, na terça-feira, 15/03, foi um sucesso! A premiada na categoria Impresso e integrante deste blog, Maria Lima, levou um pequeno grupo de representantes da gangue familiar, além dos queridos amigos Marcel Frota e Flávio Freire, para prestigiá-la e compartilhar de sua alegria. Éramos oito (eu, Maria, Guguxo, Tiane, Sarah, Anik, Flávio e Marcel), mas roubamos a cena e, de longe, éramos o grupo mais animado (e lindo!!) da festa.
                                                           
Eu sou a linda de vestido preto, ao lado da madrinha

Mãe linda, filho lindo!
                              
                                                 
Até o Amaury Jr., anfitrião do Club A - local da premiação -  fez questão de se enturmar com a gente! Também na foto a Leda Nagle, homenageada especial da noite.

                                         
Na hora de receber o prêmio, a madrinha (ainda tem alguém que não sabe que sou afilhada dela??) ficou nervosa (novidade) e olhando pra cima. Levou até um pequeno puxão de orelha da Eliaria, simpática fotógrafa d'O Globo. Mas falou bonito. Agradeceu a todos que votaram e que fizeram campanha para ela. Certamente ela se lembrara da turma do Café & Veneno enquanto discursava.

                                                                                                          
Depois de ser entrevistada pela  repórter do programa do Amaury Jr., a madrinha se juntou aos sobrinhos e filho para participar da rodinha de bebidas, batizada, na hora, pelo Marcel, de Ciranda do Cacete. Hahahaha, desculpem-me pelo palavrão, mas foi este o nome.

                                                            
A brincadeira começa assim: todos os integrantes se servem de suas bebidas prediletas. Nos munimos de espumante, cerveja e uísque. Em seguida, brindamos (sempre!) e cada um toma um gole do que está em seu copo ou taça. Depois disso, passamos para o colega da direita o copo e pegamos o do colega da esqueda, damos um gole no que vier e passamos de novo para a direita.... até esvaziar todos os copos! E não pode respirar!! Tem que tomar tudo no embalo!! Olhem como as fotos saíram depois da ciranda:
                                              
A tia tentou sem sucesso fazer a meninada comer, após a brincadeira, o penne que estava sendo servido. Depois de muito rir e fazer palhaçada com tudo e com todos, saímos da festa e viemos para my little home. Eu, Sarah e Guguxo ainda bebemos o resto do licor 43 que tinha em casa junto com Absolut de cassis. Tentem isso em casa!!

* Maria Lima também foi homenageada, no início deste ano, pelos colegas de O Globo por 20 anos de trabalho duro na mesma casa, sucursal de Brasília. 

quarta-feira, 9 de março de 2011

A Coluna (ou “a difícil tarefa de manter a cara longe da lama”)


por Cesar Valente

A coluna é uma das partes mais importantes do corpo humano. Mantém a gente em pé, segura a cabeça erguida. Como a natureza é sábia, ela fez a coluna com algum movimento. Pode (e deve) curvar-se um pouco, sem qualquer problema. Esse movimento natural da coluna se chama jogo de cintura. Se a coluna ficasse completamente rígida, sem qualquer movimento, poderia quebrar facilmente, como um galho seco.
                                                    
Mas também não devemos ter a coluna muito mole, que dobre com qualquer ventinho. É perigoso curvar demais a coluna, porque a bunda fica muito exposta e a cabeça encosta na lama. Entre os políticos, isso tem acontecido muito.

Todo eleitor deveria ter um aparelhinho (que ainda não foi inventado) para medir o quanto a coluna dos políticos em quem pretende votar se curva. Quando a coluna fosse flexível demais, acenderia um aviso de perigo: “cuidado, esse aí fica de quatro com muita facilidade”.

Portanto, assim como a coluna dos homens de bem, esta coluna que hoje inicio terá jogo de cintura, mas não se curvará demais. Justamente porque não quero mostrar a bunda e não gosto de lama na cara. Sejam bem-vindos. Espero que voltem sempre.

Sábado, 13 de agosto de 2005


Nota do editor:  O texto acima  integra o livro De olho na capital - Os dois primeiros anos (capa acima), seleta de colunas publicadas por Cesar Valente  no Diário do Litoral ,o Diarinho, de agosto de 2005 a agosto de 2007.  A capital, no caso, não é Brasília, mas Florianópolis. E um segundo volume tem tudo pra pintar por aí. O livro foi lançado em 2010 e pode ser adquirido na rede de livrarias Cultura.

                                                    
O autor, amigo do Café & Veneno e dono de finíssimo humor, é jornalista floripolitano com atuação profissional tanto na prática quanto no ensino da reportagem, da edição, da produção gráfica, da assessoria de comunicação e da administração jornalística. Iniciou no jornalismo em 1970 e atuou em Florianópolis, Porto Alegre, Brasília, São Paulo e Itajaí.

Sobre o livro escreveu a jornalista e diretora do Diarinho, Samara Toth Vieira: "A política catarinense virada do avesso, com bom humor, ironia, alguma amargura e completa independência. O registro e um observador que (...) compartilha com seus leitores aquilo que consegue ver por baixo dos panos."