Adoro cinema, mas não sou muito ligada nessas festas do Oscar. Acho aquilo tudo tão pasteurizado! Coisa de americano, como o queijo dos sanduíches McDonalds, a comida semipronta, as pessoas tão parecidas mas tão isoladas em seus mundos. Isso é como vejo, à distância. Não conheço os Estados Unidos. No meu tempo (de adolescente), era chique dizer "ah, eu detesto coisa de americano"... E, assim, cheguei até aqui imune ao sonho e ao fascínio da América do Norte. E falando (sem falar) um inglês "short" rs. Mas short curto mesmo, rs. Disso me arrependo!
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Não precisa rezar, já tô chegando!!! |
Mas não é dos americanos nem do Oscar que quero falar. Não tenho conhecimento técnico para isso. Quero falar de sentimento. Ou melhor, quero falar da manifestação do sentimento. Quero falar, principalmente, do que não se diz. Acabada a premiação do Oscar, li no Twitter comentários de pessoas se queixando de que houve pouca emoção na festa. E eu, que sou crítica ferrenha da demonstração superficial de sentimentos norte-americana, discordei.
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Que mãos!!! |
Gosto de Colin Firth desde "O Diário de Bridget Jones". Outro dia (já um pouquinho distante) assisti num canal de tevê a cabo alguns capítulos da minissérie inglesa "Orgulho e Preconceito" - acho que foi um de seus primeiros papéis - e também gostei. Gosto dele como ator. Gosto do jeito "Colin Firth" de ser. Gosto de pessoas que não são explícitas. Gosto de quem apenas sugere, sem dizer. Gosto de quem deixa um pouco da interpretação a cargo da inteligência do outro. Se tudo for dito, o que sobra para o interlocutor? Conformar-se com o óbvio.
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Vou te esconder da Penha Saviatto, meu gato!! |
Adorei o resultado! Gosto quando a vida responde, na mesma proporção, ao empenho das pessoas. Gosto quando o esforço alcança sucesso correspondente. Gosto de pensar que, na vida, é sempre assim! Vence quem se dedica... Mais... E mais...
PS. O "inglês short" não é de minha autoria. A palavra foi usada pela primeira vez por uma ex-primeira-dama. Quem se lembra disso?