Mostrando postagens com marcador Freud. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Freud. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 7 de março de 2011

Entre com pé – SEMPRE !

Por Penha Saviatto

Ouvi alguém dizer e seguramente não sei onde que a profissão tem muito a ver com o nosso jeito de ser. Sou jornalista, mas também queria ser policial. Pode? Na minha vida pode tudo. Inclusive me dou ao luxo de ter uma audição em 4D. Consigo escutar e entender tudo pelos quatro cantos. Uma Mata Hari “tupiniquim”. Lindo, isso.
Minha versão Mata-Hari: sempre na escuta!
                                            
Numa de minhas caminhadas escutei uma moça de 40 anos conversando baixinho com outra mulher sobre o fim do seu romance. Ela enumerava uma série de defeitos do homem que tanto a fazia sofrer. Se o doutor Moisés Lemos estivesse escutando diria: “Que coisadas!” 

Com uma figura dessas, pra que sofrer?

Meu instinto selvagem começou a funcionar, ou melhor, a imaginar a história desde o início. O homem em questão deve ter sido aquele que na hora que ela estava na pior apareceu. É o tal crocodilo que vira boia. Egoísta, desorganizado, feio, pouco ativo nas coisas do sexo, sem imaginação , um machista em potencial. Só de enumerar me cansei. E ela ali choramingando com sua amiga. Eu logo atrás diminuo o passo para poder chegar ao fim da estória. Pensei cá com meus botões, se tenho que caminhar e isso me faz bem, vou até o fim.

Lá pelas tantas a amiga começou a dar umas dicas: "Seja egoísta amiga. Você é muito bonita para esse sujeito; seus pais que não iam com a cara dele vão adorar e poderão te visitar muitas vezes; e com certeza, com essa figura você logo, logo arruma outro". A figura era co tipo 90:60:90.

Eu quase, quase me meti na conversa. Uma luz vermelha me deu aquele freio e preferi seguir escutando. Incorporei Freud, Lacan, Jung e todo o bloco “Nós que te analisamos tanto”. Como que alguém pode sofrer com a perda de uma coisa que não serve? 

Em companhia de Freud. Jung e Lacan foram ao banheiro
                                                     
Claro que sofre. E o tanto que somos possessivas? Aposto que se ela tivesse entrado com o pé e ele com a bunda a moça já estaria serelepe pelas ruas e avenidas. Basta inverter a coisa. Então minha sugestão para as divas é que ao perceber o barco está afundando não agarre o crocodilo, meta o pé na bunda do marujo que já passou do tempo e vá para a vida. 

Nunca é tarde demais pra fazer a coisa certa!
                                                      

Tome iniciativa e comece aquela técnica do desapego, que tanto você gostaria de praticar. Melhor desapego é se livrar de pessoas que são negativas, são tristes, são egoístas e mesquinhas . Nesse meio tempo as duas se despedem e eu coçando para falar isso. Resolvi escrever. Quem sabe ela é do Twitter ou até leia o post aqui no blog.