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Thor, o deus do trovão, por Mårten Eskil. |
E, como sempre acontece, quando estamos com pressa, não conseguia, ao sair de casa, achar a chave do portão principal. E o portão menor é desses com trinco de cadeado. Coisa antiga essa em! Fui penteando os cabelos molhados pelo banho de três minutos, durante o percurso de carro.
Pensa que achamos vaga logo ao chegar no Pier 21? Claro que não! Ficamos numa fila para entrar no estacionamento. Na nossa vez, o moço que cuida do fluxo de carros impediu a entrada com cones. Eu botei a cara pra fora da janela e gritei que pelo amor de Deus nos desse passagem, que queríamos ir ao cinema e a sessão já se iniciava. Foi como se eu dissesse Abracadabra! O mocinho abriu um sorriso e a a porta do paraíso.
Pedi que meu acompanhante corresse para comprar os ingressos porque eu demoraria pelo menos o triplo do tempo para subir as escadas que nos levam do estacionamento à beira do Lago - um crime ecológico e paisagístico- ao andar considerado térreo do Pier, onde estão os cinemas. Bem, resumindo, foi o tempo de sentarmos e o filme começou. Valera a correria, não perdemos um minutinho da saga desse herói que aprendi a amar nos desenhos animados assistidos pelos meus irmãos mais novos quando meninos.
Thor, o deus dos trovões, das tempestades. Thor e seu martelo mágico, como era mágica a espada do Rei Arthur, o da Távola Redonda. Desde criança implico com a palavra távola. Por que não Mesa Redonda. Minha mãe me disse que Távola é mais poético. E assim aprendi que nomear as coisas é diferente quando se opta entre o apenas falar e fazer poesia.
Logo no início, reconheço na voz do narrador, o próprio Odin, ninguém menos que Sir Anthony Hopkins .
Sim, o ator inglês que, cansado de fazer com o mesmo empertigamento, seriedade e laconismo, nobres ou criados, como também do fog londrino, foi viver na ensolarada Califórnia e tornou-se um dos atores mais versáteis e amados do nosso tempo.
Já deu pra vocês perceberem que eu não sabia nada sobre o filme dirigido por outro "monstro" , Kenneth Branagh , o irlandês de Belfast (cidade que conseguiu superar a fama de mais feia e deprimente da Europa), que em vinte e poucos anos de carreira carrega um currículo de 37 filmes como ator e outros 13 como diretor, entre eles duas obras de Shakespeare : Muito barulho por nada e Hamlet. Ah! ele também foi marido de Emma Thompson.
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Odin cavalgando Sleipnir , seu cavalo mágico ( Tjängvide image stone) |
Ah! ia me esquecendo Thor é personificado pelo ator australiano Chris Hemsworth (28 anos e currículo ainda pequeno), que conseguiu humanizá-lo, dar-lhe a necessária força e fragilidade. A mocinha (Jane Foster) é a Cisne Negro Natalie Portman, atualmente em todo tipo de grande produção cinematográfica. Atriz que acompanho desde os tempos de menina em O profissional. A linda Rene Russo é Frigga, esposa de Odin.
Bem, mudando de filme. Vocês sabem se haverá Homem de Ferro 3. Adoro!