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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Não fui eu que mudei de lado!

Por Kátia Maia  

Clique no nome para conhecer o blog da autora  

Só me resta rir desse movimento que divulga e escreve sobre as Marchas contra a Corrupção e as denomina como movimento de mauricinhos e patricinhas sem foco e sem conteúdo!!!!

Como assim, basicamente? Explique melhor, porque não estou entendendo. O movimento perde valor porque leva às ruas jovens que estudam em escolas particulares e que tem acesso a condições melhores de vida? Como assim? Basicamente?

Agora, é preciso ser desempregado, sem terra, sem teto e sem alguma coisa para protestar? Pois bem, participei das Marcha contra a Corrupção neste feriado e me acho perfeitamente habilitada a falar e me indignar com essa M... toda “que já vem malhada antes de eu nascer”, como diria o poeta Cazuza.

A questão aqui, caso ainda não tenham percebido os ‘bonitos’ que falam da falta de foco do movimento, é que todo e qualquer brasileiro que paga suas contas, paga os impostos (altíssimos), rala diariamente para dar conta desse absurdo que é a nossa carga tributária e, fundamental, É HONESTO, tem todo o direito de ir para frente das casas legislativas e protestar contra essa corja.


Meus filhos foram.
Eu me deito toda noite e só não durmo tranquilamente porque o alto custo de ser classe média nesse país me perturba. Mas, no quesito ‘sono dos justos’, eu posso me declarar tranqüila. Não roubei, não desviei dinheiro público, sequer comprei produtos piratas – embora muitas vezes tenha ficado tentada devido aos altos preços dos originais. Mas, nesse caso, prefiro declinar.
Eu fui!
Existe uma propaganda que ‘rola’ no rádio e que acho bem apropriada. Ela fala sobre ser ÉTICO e diz: para ser ético basta dizer não participo, não compartilho não aceito. Pois bem, estou nessa e me considero uma pessoa – embora de classe média e com filhos estudando em escolas particulares – absolutamente apta a protestar e gritar na porta do Congresso Nacional frases como : Sarney safado, fora do senado. Ou, Ordem e progresso dentro do congresso!
Pizza gigante.
Portanto, não venham me dizer que somos patricinhas fora de foco. Eu, na juventude, fui às ruas e também protestei. Na época, eu estava lado a lado com um Partido dos Trabalhadores chamado PT. Coloquei estrelinha no peito e gritei que não concordava com a situação da época.

Pois bem, preciso esclarecer um detalhe: nessa história, não fui eu que mudei de LADO. Think about it!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Cheiro de chuva nas cigarras

Po Kátia Maia 
 

 Hoje senti o sinal de chuva no DF. Não, não houve pingos escassos vindos do alto, mas uma casca de cigarra cravada na árvore logo cedo - quando estava me alongando para minha corrida diária - Me fez acreditar que a chuva está a caminho e para breve.

Ao longo dessas minhas duas décadas de Brasília, aprendi a me acostumar com o canto das cigarras que chegam justamente com a chuva e a primavera. 


Lembro-me do meus meninos, ainda pequeninos catando as casquinhas de cigarras para guardar em potes. Eles adoravam descer debaixo do bloco e andar por entre as árvores catando as cascas deixadas pelas cigarras barulhentas.

Aliás, a cigarra é um bichinho que faz parte de nossas vidas desde a infância. Quem não se lembra da estória da Cigarra e da formiga? Eu adorava ouvi-la na escola.


Confesso que ficava sempre com muita pena da cigarra. Sempre me identifiquei mais com ela. Um ser boêmio, amante da arte, que apostava no prazer de se divertir  e fazia isso cantando.

A formiga, não. Sempre chatinha, pregando regras sobre ser previdente, guardar, pensar no futuro etc. E tentando enquadrar a irreverente cigarra.

A cigarra viveu o que quis e deu o sangue pelas suas 24 horas de vida, cantando, sendo feliz.  No final, (ta certo) se fué, mas foi feliz.

Mas, olha, no balanço de perdas e danos, embora eu tenha sempre admirado a cigarra, percebo que apesar de termos feito tudo, tudo que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais.

Terminei me tranformando em formiga previdente, com o pé no chão e fazendo economias para a chegada do longo e tenebroso inverno quando assim acontecia. Paciência. I keep living and sometimes I sing in the rain! Para isso, basta chover! Aguardemos.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Ter amigos é tudo de bom!

por Katia Maia

Viajar é bom, mas viajar e ter amigos por perto é melhor ainda! Pela primeira vez na vida, fiz uma viagem internacional com meus filhos e tive por perto amigos para chamar de meus nos locais onde ficamos.


No quintal de Memélia

Não acho ruim viajar solta no mundo, sozinha, tendo que contar comigo mesma e seguir a minha própria vontade, mas confesso que foi maravilhoso estar perto de amigas nos locais por onde passei nessa empreitada pelos Estado Unidos.

Comidinhas saudáveis de Memélia
Não foi nada longo, não foi uma temporada, mas posso dizer que os momentos que passei na terra do Tio Sam foram sem dúvida mais agradáveis porque pude contar com a presença das queridas Memélia Moreira, em Orlando, e de Giuliana Morrone, em #NYC.

Falo agora de Orlando, onde pude conhecer o núcleo internacional do Café & Veneno. Foi uma experiência ímpar. Estar em terras estrangeiras e conhecer a cidade sob o olhar de quem mora lá é bem diferente do turismo que fazemos quando viajamos sozinhos.

Criamos certa identidade com o lugar. Sentimos que temos autonomia sobre o espaço e dominamos a área pelo simples fato de estarmos ali com alguém que conhecemos em uma cidade que nossos amigos conhecem.

Memélia e o marido Frank
E, olha, o núcleo internacional do Café & Veneno é bem acolhedor. Fomos recebidos – eu e meus filhos, portanto TRÊS pessoas – com uma atenção, uma delicadeza e uma harmonia que só encontramos em lugares onde sabemos que a afinidade e a felicidade acontecem.

Foi tudo tão tranqüilo que nos sentimos em casa. Tanto que meu filho mais novo – um admirador incondicional do futebol (até das partidas frustrantes de nossa seleção) conseguiu ver os (vergonhosos) jogos da seleção brasileira na Copa América durante nossa passagem por Orlando. Pode?

Pode! Desde que tenhamos amigos que se dispunham a nos receber em suas casas numa quarta-feira a noite ou num sábado à tarde. E foi exatamente isso que aconteceu.

Tudo isso, claro,  só foi possível porque tínhamos amigos na cidade. E quando falo amigos, me refiro à Memélia e ao Frank. Sentimo-nos queridos e acolhidos na casa dos dois e isso só significa uma coisa: amizade!

terça-feira, 24 de maio de 2011

No Planeta Brasil, cidadãos contribuintes pobres mortais e Palocci...

 por Katia Maia

Claro que eu sei perfeitamente a diferença que existe entre mim  e milhares brasileiros (mortais contribuintes que mensalmente penam para ficar em dia com suas dívidas) e um ministro de estado como o da Casa Civil, Antonio Palocci.

Mas, particularmente um ponto me chamou a atenção nos últimos dias. É dito e sabido que Palocci está numa saia justa com o enriquecimento extraordinário de sua empresa no ultimo ano e, pior, com a fantástica quantia de R$ 10 milhões em apenas dois meses. Justamente no período este em que já estava na coordenação de transição entre os governos Lula e Dilma.

Antes de ir adiante, queria abrir um parêntese e deixar claro que tive admiração pelo Palocci. Achava-o (até) um cara centrado, bem intencionado e focado. Gostei da condução que ele deu á política econômica no inicio do governo Lula.

Na época, tive a oportunidade de assistir a algumas reuniões de coordenação que o Lula promovia com os ministros e o Palocci era sempre coerente com suas colocações. Eu achava ele super ‘ok’ (confesso).

Mas, claro, não deixei de me indignar com a história do Francenildo (o caseiro). É feio tropeçar nas próprias pernas. Mais feio ainda é insistir no erro e repetir.
Caso 01 - o caseiro Frnacenildo

Bom, mas agora, a história é outra. É o enriquecimento rápido que incomoda e que requer explicações. Como o Palocci comprou – por meio de sua empresa – um apartamento de R$ 7 milhões?

- Pois é ministro, como?

Isso é o que me faz diferente de Palocci. Primeiro porque não tenho essa quantia para comprar qualquer imóvel – mas isso todo mundo já sabe. Meu contracheque e minha declaração de Imposto de renda mostram isso perfeitamente.

O segundo ponto é o mais interessante: é que diferentemente do que está ocorrendo com o ministro, eu fui no passado, procurada pela Receita Federal para explicar como eu tinha comprado um apartamento que destoava da minha capacidade financeira.
Caso 02 - 20 milhões de reais!
Lá pelos idos da década de 90, eu comprei um imóvel de três quartos em Brasília, na Asa Norte, com 148 metros quadrados. Um sonho. Na época eu era casada. Na época meus pais e os pais do meu esposo fizeram um esforço concentrado, ajudaram o jovem casal que, por sua vez, raspou o tacho com 13º salário, FGTS, economias, férias e o que mais viesse. Mesmo assim, não inteirou dois anos para que o fisco batesse à nossa porta.

Queria sabe como eu (e meu digníssimo) tinha comprado aquele apartamento?

Pois é Receita Federal. Eu tive que rebolar para comprovar. Afinal, havia uma parte do dinheiro proveniente de doações paternas.

Na época, o mundo era menos digitalizado. Tive que correr atrás de extratos bancários para copmprovar que havia um dinheiro na conta do meu pai e do meu sogro, que havia saído da conta deles, que havia ido para a nossa (do casal) e que isso justificava a compra.

Foram necessários quase 10 meses para que os microfilmes dos extratos bancários fossem disponibilizados. Nesse período, o fiscal da Receita nos procurava freqüentemente. Em cada encontro, ele percebia que eu não era laranja, não desviava, não lavava, não enxaguava ou passava dinheiro. Mesmo assim, ele repetia:

- Eu sei, mas preciso de provas.
p.s. O processo (meu) só se encerrou quando consegui (finalmente) mapear o caminho do dinheiro – da conta do meu pai, para a minha conta, para a conta do proprietário do imóvel. Tudo documentado numa época em que o mundo não era tão online. Agora, por que o ministro não abre suas contas e revela de onde veio o dinheiro que o possibilitou comprar um imóvel de R$7 milhões?

É isso que me faz diferente do Palocci. Eu, pelo menos, estou tranquila e pobre (rs).

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Usado ou novo e esquecido? Troque, venda!!!

por Katia Maia


Sempre Gostei de trocar coisas, mas estava longe de imaginar que isso poderia se tornar uma tendência. Não venho aqui dizer que fui vanguarda e minha idéia virou realidade. A idéia, claro, não é só minha. Há de haver – e há – pelo mundo zilhões de pessoas que adoram realizar ‘troquinhas’ entre amigas. 
Pois bem, isso virou realmente uma ‘onda’ e nos Estado Unidos já se reflete em centenas de sites que apregoam: não possua, compartilhe! É o já batizado ‘consumo colaborativo’
Eu sempre gostei de ganhar roupas de outras pessoas. Sentia que estava fazendo algo certo de alguma forma Até quando eu herdava as roupas da minha irmã mais velha eu ficava super feliz. Sei lá. Acho que eu pensava algo como – eu achava aquela roupa tão bonita e agora ela é minha. Será que era inveja? Não, não acredito. Era mais um sentimento de satisfação de poder possuir algo que eu achava legal e, mais, que eu não precisei gastar nada para tê-lo. 
Ok, sempre fui meio ‘pirangueira’ como se diz na minha terra (Recife-PE). E para quem não sabe o que isso significa, eu já traduzo: mão de vaca!
A verdade é que esse meu lado pirangueira me tornou uma pessoa mais previdente, mais racional com o consumo e menos perdulária. O perfil perfeito para uma sociedade que está entupida de ‘stuff’.
Há uns quatro anos, resolvi promover um evento de trocas entre amigas. Combinamos que faríamos aquela tradicional faxina em nossos armários e nos reuniríamos para ‘share’ aqueles artigos que não quiséssemos mais ou que tivéssemos comprado e nunca usado. Sim, porque isso é mais comum do que se imagina. Entre mulheres, especialmente.
Desesperadas, compulsivas e alucinadas, vamos às compras e muitas vezes adquirimos roupas, acessórios e coisinhas que nunca usaremos. Ou é aquela roupa que está super em conta, ou uma calça bonita – de tamanho menor do que o nosso – mas que juramos irá servir um dia ou apenas um artigo que uma amiga está vendendo, achamos bonitinho e terminamos comprando.
Rachel Botsman
É, mulheres uni-vos! Para esses momentos de arroubos, existe agora o consumo colaborativo. É uma idéia simples: o que é meu é seu, como diz Rachel Botsman, a maior especialista dos Estados Unidos em consumo colaborativo, em seu livro lançado nos Estados Unidos e que trata dessa onda colaborativa.
É verdade! Para quê guardar se você poder passar adiante? É só seguir algumas regrinhas básicas:
- há quanto tempo você não usa aquela roupa, artigo, bijuteria, objeto?
- Por que ele está guardado?
Se a sua resposta superar um ano. Passe adiante!
Não adianta guardar. Você nunca mais usará aquela roupa. Ela está guardada, mofando, ocupando espaço no seu armário e empacando a energia. Sim, porque isso também acontece: objeto guardado é energia represada. Sendo assim, mãos á obra. Vamos trocar, passar adiante e até vender nossas cositas usadas ou não, mas certamente esquecidas. Quer um começo: entre no site Troca Troca Brasília e comece a compartilhar suas coisas. É muito bom.
Essa semana, troquei um vestido e um casaco de linha por três vestidinhos estilo tarde de sábado e três blusas com a Ana Paula do Anita Brechó. De quebra, comprei uma sandália super linda por trinta reais do Cantinho do Desapego. Voltei para casa super feliz.

Sandália super fofa de 30 reais
Abaixo, a dica de dois lugares onde você pode encontrar endereços de sites interessantes para trocar, comprar barato, compartilhar etc


Busca Brechó - contém lista de brechós de todo o Brasil

Veja matéria do Bom Dia DF sobre o assunto:
Na matéria, falo sobre meu blog.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Cacahuá, a arte do chocolate em Brasília

por Clara Favilla
Fotos  Eduardo Balduino e Katia Maia

Trufas e bombons impregnados ou recheados dos mais finos licores e temperos como manjericão, flor de sal, pimenta da jamaica e até um reduzido de aceto balsâmico. Orgia de aromas e sabores. Foi assim a degustação oferecida, na noite de quinta-feira, 10/03, ao Café & Veneno pelo casal Eliane e Ronald Valadão, donos do Cacahuá.

Eliane, ao centro. Katia e Penha à esquerda. Taís e Clara à direita
                                                
Conhecemos o casal, na reunião de pauta deste Blog, no lindo apartamento do querido Eduardo Badu, no mês passado, e foi amor à primeira vista. Ela tem um sorriso do tamanho do mundo. Ele, mais reservado, sempre atencioso.

Eliane e Ronald quando foram apresentados ao Café&Veneno
Badu e Eliane, amizade de mais de duas décadas
Resolvemos, então, conhecer a delícia de lojinha que eles tem na 207 Sul, misto de fabriqueta de chocolates finos e  maravilhosas tortas. Também funciona como bistrô. No cardápio: saladinhas, pratos leves e lanchinhos. Tortas e bombons também podem ser devoradas no local ou  levados para casa em recipientes especiais ou presenteados em embalagens sofisticadas.

Chocolate: presente para todas as ocasiões
Ah! certamente você que me lê, se mora em Brasília, já deve ter experimentado essas delícias na forma de bombons em festas de aniversários e casamentos. Encomendas é que não faltam ao Cacahuá que, no último dia 05, completou 3 anos. Na próxima terça-feira, 15, as vitrines estarão vestidas de Páscoa.

Eliane, beleza e simpatia em tudo o que faz
                                                 
O chocolate  permite que Eliane extravase sua alma alquimista. "Sempre gostei de experimentar, de mesclar texturas, sabores e aromas", afirma. A hoje especialista conta que  começou nessa lida por necessidade. Trabalhava na Câmara Distrital . Separada e com um filho pequeno, ganhava apenas o suficiente para se manter.

Marido é especialista em informática, mas Eliane aponta onde está seu software
                                        
O destino, então,  lhe pregou a peça que seria a chave de seu sucesso. O carro, imprescindível, para levar o filho à escola e ir ao trabalho, localizado, então, numa área de acesso um pouco complicado, fundiu o motor e ela se viu sem dinheiro para tirá-lo rapidamente da oficina.

Os redondinhos mais escuros são recheados de gorgonzola
                                
Como a Páscoa estava próxima, Eliane se perguntou o que  fazer para conseguir rapidamente o montante que precisava. E veio o estalo: chocolates! Calculou que faria no máximo 50 quilos de bombons, ovos e ovinhos. Fez 217 quilos, tanta foi a aceitação. É que Elaine foi além da gostosura, investiu também em lindas embalagens.

Minha segunda entrevista em seis meses. Adorei!
                                          
Mas um longo caminho foi percorrido entre este sucesso inicial como empreendedora free-lancer e a empresária de sucesso. Eliane não abandonou o chocolate, mas ficou um bom tempo sem contar com o produto como meio de vida. Casou-se. Teve três outros filhos. Formou-se psicóloga. Clinicou. Até que, incentivada pelo marido resolveu dedicar-se em tempo integral a sua paixão.

Para isso, contou com o apoio de um chef de respeito, o suíço Carlo Mockli, hoje estabelecido em Niterói. Estudou, pesquisou e , sobretudo, praticou muito, sempre com a ajuda de Ronald. E o resultado pode ser comprovado na forma como o Cacahuá se apresenta ao mercado de Brasília, no conteúdo, qualidade e delicadeza dos produtos que oferece.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Sessão Misantropia -Tolerancia Zero!

 por katia maia
Tenho grande admiração pela raça humana, mas o sentimento, confesso, vem aditivado por um desprezo profundo pela forma como alguns representantes dessa indiscutível forma de vida, que se diz superior, se comporta.
Somos seres sociáveis? Sim, claro. A resposta vem de pronto.
Ma non troppo, eu acrescentaria.
Somos seres moldados para viver em grupo? Claro, reitero.
Ma non tropo, repito.
A verdade é que cada vez mais, e eu não sei por que isso tem acontecido, o ser dito humano está perdendo a noção do respeito pelo outro. Não vou aqui falar de grandes eventos mundiais, falta de consideração com o meio ambiente, pobreza, miséria, desrespeito com nações e povos. Isso, já é público e notório. Quero falar do particular, do arranjo local, da forma como o comportamento acontece no particular.
Meu Deus! Que absurdo!
Claro, que absurdo. Nada justifica tal reação.
Mas, o que me motivou escrever esse post foi a nítida impressão que as pessoas estão se preocupando cada vez menos com o ‘coletivo’.

No cinema JAMAIS atenda o celular
ou converse sobre o filme.

Ta, bom, esse homem não merecia morrer por causa de uma pipoca, CLARO, mas que dá vontade de matar aqueles engraçadinhos que passam o filme inteiro conversando com a pessoa ao lado, ah, isso dá!
No dia em que consegui assistir a Tropa de Elite 2 – depois de umas duas ou três tentativas inglórias para ver o tal  filme - tive a nítida sensação de que seria capaz de matar o casal que se sentou ao lado.
O moço, um senhor de idade, levara a moça para ver o filme. Minha indignação começou quando a mocinha começou:
- E agora, o que vai acontecer? (O moço já tinha visto o filme).
Ele respondia, descrevia a cena e acrescentava:
- Olha essa agora, presta atenção. Você pensa que ele vai morrer, mas ele escapa... E por aí ia.
Lá pelas tantas o celular da mocinha tocou e ela atendeu! Pode?

Regra no #01 – desligue ou coloque o celular no silencioso
quando estiver em sala de cinema, de teatro ou de show.


Desprezo pelo Ser Humano?

Pode e tem mais: ela começou a conversar ao telefone. A desenvolver diálogo!! Nãaaaaaaaaaaaaaao! É demais!
Não agüentei. Gentilmente, me virei para a distinta e perguntei:
- A conversa ta boa ou o filme está atrapalhando?
Ela me olhou com um ar de desentendida e resmungou algo que eu não entendi. O velho saiu em sua defesa, ao que eu respondi:
- Eu NÃO paguei para ver um filme com narração simultânea e conversa paralela ao celular!
Foi nesse momento em que o cinema começou a fazer aquela onda de ‘chhhhhhhhhh’ e ‘cala a boca’.
Bom, terminei sendo confundida com o casal mal educado e considerada uma mal humorada. Sou mesmo. Nesses casos, assumo. Tolerância zero para quem não respeita o espaço alheio. Para eles: no mercy!


Nota do editor:
Misantropia é a aversão ao ser humano e à natureza humana no geral. Também engloba uma posição de desconfiança e tendência para antipatizar com outras pessoas. Um misantropo é alguém que odeia a humanidade de uma forma generalizada. A palavra vem do grego misanthropía,[1] a junção dos termos μίσος (ódio) e άνθρωπος (homem, ser humano). O termo também é aplicável a todos aqueles que se tornam solitários por causa dos sentimentos acima mencionados (de destacar o elevado grau de desconfiança que detêm pelas outras pessoas em geral).

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Houston, We've Got a Problem

por katia maia

Quem disse que as máquinas vão dominar o mundo? Bom, seja lá quem tenha dito, eu assino embaixo. Só discordo do tempo verbal: “vão dominar”. Não, isso está errado. Elas já estão dominando o mundo. As máquinas já manipulam nossas vidas e a gente ainda acha que tem o poder. De quê, cara pálida?(eu pergunto).

Estamos à mercê dos caprichos e das vontades de nossos pequenos aparelhinhos e daqui a pouco não saberemos mais andar sem a ajuda deles. No carro, por exemplo. Temos uma telinha que nos diz para diminuir a velocidade, virar à direita, seguir em frente, parar, acelerar, ter calma, não ultrapassar, esperar, ir, seguir, ficar... Chega!

Dá vontade de olhar para a telinha e dizer: cala a boca, meu! Dá para me deixar em paz comigo mesma só um pouquinho?

Mas, e a insegurança? Aquela que aparece sempre que desligamos o tal Global Posityon System, ou GPS para os mais íntimos, ou mesmo o celular, o Ipad, o Iphone... Sentimos que estamos desamparados, que estamos perdido, que vamos fazer M... e seremos (no caso do GPS com localizador de radar) multados, no mínimo.

Aliás, um parêntese: a primeira vez que ouvi falar sobre esse tal de GPS foi há uns 10, onze anos, eu acho. Na época, estava fazendo uma matéria em Salgueiro, Pernambuco. Algo ligado com o combate ao trafico de drogas. Na região havia muitas plantações de maconha e a Polícia Federal foi lá para dar uma incerta.

Lembro-me que fomos com o pessoal do ministério da reforma agrária que iria utilizar a área de plantação de maconha para estimular a plantação de cebola entre os agraciados pela Reforma Agrária. Pode? Cebola? Parece piada pronta: troque seu baseado pela cebola. Oras cebolas!

Bom, back to the subject…

O tal moço da reforma agrária me mostrou na ocasião um aparelhinho (que não era tão ‘inho’) que localizava a área por satélite e dava as coordenadas exatas da ‘horta’ de marijuana. Nossa! Demais! Pensei.

Mal sabia eu que uma década depois esse tal de Global (não sei o quê) estava mandando na minha vida, pelo menos no meu itinerário.

A verdade é que o GPS é apenas a ponta de um iceberg. Um daqueles bem grandes que estão derretendo por causa do tal aquecimento global, que é outro papo que dá muito pano para a manga mas deixarei para uma próxima.

Bom, back to the subject again!

Os homens e suas maravilhosas máquinas que agora invadem nossa privacidade e decidem quem eu devo convidar ou não para isso ou aquilo. De repente, me liga uma amiga:

- Katia, você me convidou para o Badoo, o que é isso? Recebi uma mensagem sua PESSOAL me chamando para isso.

- Badoo? Caramba, esse negócio está mandando e-mail para todos os meus contatos e os convidando como se eu fora.

É pelo jeito, agora, eu convido as pessoas para uma festinha virtual e sou a última a saber.  Daqui a pouco, estarei presente aqui e ali e nem saberei. Aliás, daqui a pouco não. Hoje mesmo. Agora temos o 4SquareAlibi. Sabe o que é?

Eu não sabia até ontem. Esse tal de ‘4SquareAlibi’ é simplesmente uma ferramenta virtual que permite que eu faça check in em qualquer lugar do mundo e apresente como álibi. É uma dissidência do ‘FourSquare’ um sistema que permite que as pessoas façam checkin e permita que todos saibam onde está. E por aí vai...

 A culpa disso tudo, meus caros. É nossa. É o caso de dizer o tão conhecido: Mea culpa, mea culpa, mea culpa! A gente que foi abrindo a guarda, aceitando os convites, deixando-se levar, envolvendo-se em fóruns de discussões, criando grupos virtuais, se apaixonando por redes sociais, blogs e micro blogs e quando percebemos, nos vê os completamente ‘dependentes’ da máquina.

Pessoal, perdemos o controle. E... Houston, We've Got a Problem