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sábado, 14 de maio de 2011

A verdade sobre a morte de Binzinho

Por Penha Saviatto

Passava das quatro da tarde quando na cobertura (laje) do que alguns consideram mansão, na cidade de Abinttabobo, o churrasco já estava naquela fase de sobra um pouquinho de carne de cordeiro pra cá... arrasta aquela linguiça pra lá. 

Copos americanos com resto de o que muitos ocidentais chamam de água da vida.  A batida do funk  dava o tom ao ambiente. Poeira levantava do cimento, linguiça e whisky 12 anos. Para passar despercebida a bebedeira do bonde, Binzinho, como era conhecido na intimidade, colocava folhas  de hortelã nos copos. 


Alarido delas entregou Binzinho que partiu dessa pra pior!
 Suas três mulheres vestiam peças que  as cobriam dos pés a cabeça ou vice e versa - tudo dependia da  batida do funk - com assinatura Prada, Cavalli e Dior.  Óculos de sol combinando com o acabamento em pedras preciosas e bordados em fios de ouro. Binzinho fumava um, enquanto as mulheres, uma Xunita, outra Xyyta e a morena dengosa da ala mais radical dos Karydjiyas trocavam passos eróticos do funk.


Não é de hoje que misturar mulherada não dá muito certo. E mulherada bêbada com TPM é roubada. Homens com três mulheres  sabem bem do que falo. As três começaram uma queda de braço para ver quem delas iria ocupar a cama naquela noite. Entre uma talagada e outra formava uma gritaria danada.  A mais dengosa na verdade era a mais esperta. Havia acabado de sair de um treinamento na Socila e sabia engambelar a galera. Sinistra era a Xyyta que tentou colocar veneno no copo das outras. 

Conversas e gritos vão e vem. No céu, os satélites se ocupavam de um único trabalho. Monitorar de onde vinha tanto poder de  sexo, sedução e  destruição que aquele homem simpático, com ar miserável e metido a galã tinha. Descobrir o elixir do amor e do sexo que Binzinho guardava a sete chaves.  Era a missão.
 

Lá pelas tantas o furdúncio começou. Sabe que mulheres começam a briga puxando  o cabelo, né?  Ninguém poupava as roupas de grife. O segundo movimento de briga são as unhadas. Cravaram as unhas enormes pelo corpo. Uma dela, a Xyyta, estragou o preenchimento da face e um par de silicone que havia recentemente colocado.  Ai foi que a porca torceu o rabo. Quando uma mulher mete a mão no silicone da outra é igual cavalo inteiro brigando por causa de uma égua. 

Sério, gente. Na gritaria e no vuco-vuco de unhadas e safanões os satélites interceptaram o caos que ali estava instalado. Binzinho, continuava com sua calma atribuída aos treinamentos da rede,  a fumar unzinho e tomar unzinho. Sapatos voavam  quando do nada apareceram homens num helicóptero poderoso. Elas se entreolharam e tentaram se recompor. Pensaram : Oba..que homarada é essa?? Fortes, altos,. elegantes, mascarados, com algemas e armas. Frisson geral. Mulherada fazendo a linha “eu tenho atitude”  com aquelas vestes rasgadas. 

Não deu muito certo. Pareciam assexuados e foram direto ao Binzinho.


Pegaram o destruidor e arrastaram até o ninho de amor dos quatro. Elas movidas pelo álcool  só pensavam numa noite repleta de sexo selvagem com aqueles exemplares. Pra que????????  TPM batendo fundo. Carência a top...resolveram enfrentar a homarada. Os soldados, não entendiam nenhuma palavra e começaram a entrar naquele clima. Perguntaram sobre o elixir e Binzinho negava. 

Uma delas, a Xyyta, cansada de provar sempre a mesma comida, dividir sempre com as duas o mesmo homem decidiu entregar o jogo. Pensou: se eu mostro eu vou ser beneficiada pela ajuda.Mostrou o elixir que estava escondido no criado. 


Os soldados inebriados aproveitaram para tomar um golinho. Pra queeeeee????? Entraram em êxtase e começaram a festa. Binzinho louco de ciúmes e meio mal das pernas (e de outras partes) tava vendo aquilo como quem  zapeava os 345 canais de TV para saber se falavam dele.  Ver com os olhos , e lamber com a testa não era a wibe do todo poderoso. Ele peitou um bonitão  e não deu outra.  Morte na mansão do destruidor.


Não teve mensageiro nessa estória. O fim do zapeador de canal pornô foi atribuído a três mulheres com TPM. Pra quem sabe ler...uma TPM é capaz de tudo.