sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Tarde no sex shop: tudo pra manter acesa a chama!

Por: Tem roupa na corda

Não quero discutir questões de gênero e longe de mim ter um papel feminista ou machista. Adoro mulheres e homens nas devidas proporções. O que me chama atenção no bicho mulher é que cada uma tem sua paranóia. Inclusive você que está lendo este simples post. 
 

Não precisa ranger os dentes e nem se sentir diminuída. Somos assim. Inclusive eu que aqui escrevo. Já tive inúmeras experiências de paranóias femininas. E devo confessar que me divirto horrores com isso. 

Um das minhas amigas, por exemplo,  passava por crise de relacionamento. No caso dela era uma crise a cada três  meses. Três ela passava desconfiada e outros três brigando e tentando não perder o macho que pula murro, cerca, elétrica ou de arame farpado...ou seja um campeão olímpico  na arte de saltar obstáculos. Uma pena que o moço, na altura com 40 anos, deixava rastro. Sempre deixam rastros.

Numa dessas ela resolveu mudar: Me liga e pergunta se eu posso acompanhá-la ao sex shop para umas comprinhas. Eu, a descolada, que não dava (Aqui, eu a editora,pergunto: porque o verbo no passado?) a mínima importância em entrar e sair do estabelecimento fui. Bem animada desço em frente ao estabelecimento num bairro nobre da cidade.  Espero-a na porta. Carros passam..e me observam e eu colada na vitrine entre fantasias de enfermeiras, bombeiros...Ela, mais recatada, deixa o carro numa outra quadra.

Ela cabisbaixa entra na loja. Eu fui direto ao local onde estavam as fantasias. Tinha de onça, de enfermeira, de noiva, e outras  tantas. Ela balançava a cabeça que não queria aquilo. Ok, você  venceu. Passamos para a parte de acessórios. Ai...os acessórios. Tinha de um tudo lá.   

Nesse meio tempo, entram mais pessoas na loja. Um casal. Coitada da moça quase andava  de quatro (de vergonha). Ela se escondia entre vibradores rosas, amarelos, roxos.   

Roxo...um vibrador que faltava falar de tão moderno naquele tempo. Ele rodava, ele vibrava, era uma maravilha. Agarro-o  e mostro para minha amiga. Veja que espetáculo, exclamei! Nisso, a tal mocinha quase entra embaixo da estante de tanta vergonha. E a amiga que eu acompanhava (na verdade, estava ali prestando um serviço de utilidade pública), também perto de um desmaio, me diz:  "o que meu marido vai pensar se eu comprar uma coisa dessas?"  Eu leve e faceira respondi: que você é maravilhosa e gostosa. Mesmo assim,a amiga não quis de nenhuma maneira levar tal preciosidade pra casa.

Bom, chegamos,então, ao setor de pomadinhas, cremes e óleos. Parecia aquelas barracas de ervas do Mercado Ver o Peso, em Belém. Tinha produto pra tudo . Um que levantava, outro que abaixava, outro que anestesiava, outro que cheirava, um que esquentava. 

Minha amiga, de repente, enlouqueceu e começou a comprar tudo. A vendedora tinha uma 60 anos e contava maravilhas . Dizia ter  marido 30 anos mais jovem e que usava tudo.  Minha amiga que estava com tudo em baixa se animou e falou quase sussurrando no ouvido da atendente: Sabe..quando o homem chega aos 40 já não é o mesmo, né? 
Os ministérios da Saúde, da Cultura e das Minas e Energia advertem: usar sem ler a bula, em vez de diversão dá apagão...

 Ai eu pulei alto. Que que é isso? Um homem com 40 anos é um espetáculo. O seu é que deve estar bichado. Não agüentei a ofensa para homarada de 40. Isso eu não admito. Fiz discurso em defesa enquanto clientes mais tímidos se espremiam nos esconderijos que encontravam. 

A amiga afoita gastou prá mais de 400 reais de cremes , óleos e pomadas.  Levou aquela tralha toda pra casa. Eu, que sou muito agitada, não consegui entender como ela faria pra não usar um produto de forma errada. Não roguei praga, mas na manhã seguinte ela me liga.
Não deu outra: ela fez uma confusão danada com aquele monte de creme e usou anestésico quando devia ter usado outro daqueles 30 produtos que comprou.  Tadinha,ficou mais uma vez a ver navios. Resultado os produtos eram a base de cânfora e foram parar, depois de retirado os rótulos, na farmacinha da casa para serem usados em caso de quedas das crianças.

 Dica da editora:

Para as mulheres que ainda têm vergonha de ir a Sex Shop, funciona no Shopping Morumbi (SP) a La Isla Sensual Store, uma boutique  dedicada ao prazer da mulher com produtos diversos, entre cremes comestíveis, géis perfumados e lingeries.

Saiba mais:
Segundo a Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico e Sensual (ABEME)
  • No Brasil o segmento movimento R$ 1 bi/ano.
  • Em 2010, 70% dos consumidores são mulheres; em 2009 eram 31%.
  • O segmento é responsável por 50 mil empregos diretos
  • São 3 mil as vendedoras domiciliares de produtos.

2 comentários:

  1. histórias de sex shop são muito boas. lembro-me de uma amiga minha q tb tava a fim de dar uma 'esquentada' no relacionamento. comprou dessas pomadinhas que elevam a temperatura local na hora do ato.
    Não deu outra. Ao usar o 'unguento' a coisa esquentou tanto que começou a queimar a´área de lazer.
    Resultado: contou-me minha amiga que correram os dois para a banheira GELADA para esfriar os ânimos locais e depois retomar a brincadeira da forma mais natural possível e com o calor do momento apenas.

    bjbjbjbj
    ///~..~\\\

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  2. Esse acontecimento lembrado pela Kátia Maia é para desopilar o "figo". Foi um dos meus motivos de riso nesta sexta-feira. Viu só, como às vezes é melhor uma normal, amorosa e gostosa, do que a ganância de uma apimentada, dolorosa? Rs rs

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