Quem disse que as máquinas vão dominar o mundo? Bom, seja lá quem tenha dito, eu assino embaixo. Só discordo do tempo verbal: “vão dominar”. Não, isso está errado. Elas já estão dominando o mundo. As máquinas já manipulam nossas vidas e a gente ainda acha que tem o poder. De quê, cara pálida?(eu pergunto).
Estamos à mercê dos caprichos e das vontades de nossos pequenos aparelhinhos e daqui a pouco não saberemos mais andar sem a ajuda deles. No carro, por exemplo. Temos uma telinha que nos diz para diminuir a velocidade, virar à direita, seguir em frente, parar, acelerar, ter calma, não ultrapassar, esperar, ir, seguir, ficar... Chega!
Dá vontade de olhar para a telinha e dizer: cala a boca, meu! Dá para me deixar em paz comigo mesma só um pouquinho?
Mas, e a insegurança? Aquela que aparece sempre que desligamos o tal Global Posityon System, ou GPS para os mais íntimos, ou mesmo o celular, o Ipad, o Iphone... Sentimos que estamos desamparados, que estamos perdido, que vamos fazer M... e seremos (no caso do GPS com localizador de radar) multados, no mínimo.
Aliás, um parêntese: a primeira vez que ouvi falar sobre esse tal de GPS foi há uns 10, onze anos, eu acho. Na época, estava fazendo uma matéria em Salgueiro, Pernambuco. Algo ligado com o combate ao trafico de drogas. Na região havia muitas plantações de maconha e a Polícia Federal foi lá para dar uma incerta.
Lembro-me que fomos com o pessoal do ministério da reforma agrária que iria utilizar a área de plantação de maconha para estimular a plantação de cebola entre os agraciados pela Reforma Agrária. Pode? Cebola? Parece piada pronta: troque seu baseado pela cebola. Oras cebolas!
Bom, back to the subject…
O tal moço da reforma agrária me mostrou na ocasião um aparelhinho (que não era tão ‘inho’) que localizava a área por satélite e dava as coordenadas exatas da ‘horta’ de marijuana. Nossa! Demais! Pensei.
Mal sabia eu que uma década depois esse tal de Global (não sei o quê) estava mandando na minha vida, pelo menos no meu itinerário.
A verdade é que o GPS é apenas a ponta de um iceberg. Um daqueles bem grandes que estão derretendo por causa do tal aquecimento global, que é outro papo que dá muito pano para a manga mas deixarei para uma próxima.
Bom, back to the subject again!
Os homens e suas maravilhosas máquinas que agora invadem nossa privacidade e decidem quem eu devo convidar ou não para isso ou aquilo. De repente, me liga uma amiga:
- Katia, você me convidou para o Badoo, o que é isso? Recebi uma mensagem sua PESSOAL me chamando para isso.
- Badoo? Caramba, esse negócio está mandando e-mail para todos os meus contatos e os convidando como se eu fora.
É pelo jeito, agora, eu convido as pessoas para uma festinha virtual e sou a última a saber. Daqui a pouco, estarei presente aqui e ali e nem saberei. Aliás, daqui a pouco não. Hoje mesmo. Agora temos o 4SquareAlibi. Sabe o que é?
Eu não sabia até ontem. Esse tal de ‘4SquareAlibi’ é simplesmente uma ferramenta virtual que permite que eu faça check in em qualquer lugar do mundo e apresente como álibi. É uma dissidência do ‘FourSquare’ um sistema que permite que as pessoas façam checkin e permita que todos saibam onde está. E por aí vai...
A culpa disso tudo, meus caros. É nossa. É o caso de dizer o tão conhecido: Mea culpa, mea culpa, mea culpa! A gente que foi abrindo a guarda, aceitando os convites, deixando-se levar, envolvendo-se em fóruns de discussões, criando grupos virtuais, se apaixonando por redes sociais, blogs e micro blogs e quando percebemos, nos vê os completamente ‘dependentes’ da máquina.
Pessoal, perdemos o controle. E... Houston, We've Got a Problem
Gosto demais de ler o que escreve. Aprendo sempre.
ResponderExcluirBeijos.