Tenho grande admiração pela raça humana, mas o sentimento, confesso, vem aditivado por um desprezo profundo pela forma como alguns representantes dessa indiscutível forma de vida, que se diz superior, se comporta.
Somos seres sociáveis? Sim, claro. A resposta vem de pronto.
Ma non troppo, eu acrescentaria.
Somos seres moldados para viver em grupo? Claro, reitero.
Ma non tropo, repito.
A verdade é que cada vez mais, e eu não sei por que isso tem acontecido, o ser dito humano está perdendo a noção do respeito pelo outro. Não vou aqui falar de grandes eventos mundiais, falta de consideração com o meio ambiente, pobreza, miséria, desrespeito com nações e povos. Isso, já é público e notório. Quero falar do particular, do arranjo local, da forma como o comportamento acontece no particular.
Acabo de ler uma notícia: homem é morto por fazer barulho de pipoca no cinema!
Meu Deus! Que absurdo!
Claro, que absurdo. Nada justifica tal reação.
Mas, o que me motivou escrever esse post foi a nítida impressão que as pessoas estão se preocupando cada vez menos com o ‘coletivo’.
No cinema JAMAIS atenda o celular ou converse sobre o filme. |
Ta, bom, esse homem não merecia morrer por causa de uma pipoca, CLARO, mas que dá vontade de matar aqueles engraçadinhos que passam o filme inteiro conversando com a pessoa ao lado, ah, isso dá!
No dia em que consegui assistir a Tropa de Elite 2 – depois de umas duas ou três tentativas inglórias para ver o tal filme - tive a nítida sensação de que seria capaz de matar o casal que se sentou ao lado.
O moço, um senhor de idade, levara a moça para ver o filme. Minha indignação começou quando a mocinha começou:
- E agora, o que vai acontecer? (O moço já tinha visto o filme).
Ele respondia, descrevia a cena e acrescentava:
- Olha essa agora, presta atenção. Você pensa que ele vai morrer, mas ele escapa... E por aí ia.
Lá pelas tantas o celular da mocinha tocou e ela atendeu! Pode?
Regra no #01 – desligue ou coloque o celular no silencioso
quando estiver em sala de cinema, de teatro ou de show.
Desprezo pelo Ser Humano? |
Pode e tem mais: ela começou a conversar ao telefone. A desenvolver diálogo!! Nãaaaaaaaaaaaaaao! É demais!
Não agüentei. Gentilmente, me virei para a distinta e perguntei:
- A conversa ta boa ou o filme está atrapalhando?
Ela me olhou com um ar de desentendida e resmungou algo que eu não entendi. O velho saiu em sua defesa, ao que eu respondi:
- Eu NÃO paguei para ver um filme com narração simultânea e conversa paralela ao celular!
Foi nesse momento em que o cinema começou a fazer aquela onda de ‘chhhhhhhhhh’ e ‘cala a boca’.
Bom, terminei sendo confundida com o casal mal educado e considerada uma mal humorada. Sou mesmo. Nesses casos, assumo. Tolerância zero para quem não respeita o espaço alheio. Para eles: no mercy!
Nota do editor:
Misantropia é a aversão ao ser humano e à natureza humana no geral. Também engloba uma posição de desconfiança e tendência para antipatizar com outras pessoas. Um misantropo é alguém que odeia a humanidade de uma forma generalizada. A palavra vem do grego misanthropía,[1] a junção dos termos μίσος (ódio) e άνθρωπος (homem, ser humano). O termo também é aplicável a todos aqueles que se tornam solitários por causa dos sentimentos acima mencionados (de destacar o elevado grau de desconfiança que detêm pelas outras pessoas em geral).
Sou frequentadora de cinema depois do almoço e em geral a plateia é de senhorinhas e senhorinhos, ou seja, tranquila. Mas sou como você, fico doida quando um celular toca ou alguém fica conversando...a diferença é que não me desgasto.
ResponderExcluireu sou absolutamente 'misantropa' nessas ocasiões. me desconcentro do filme, fico para morrer. Ah, e tem aquela situação em que a pessoas atrás de nossa cadeira fica batendo com o pé no encosto. aghrrrrr! Isso me mata!
ResponderExcluirkatia - tolerancia zero hehehe
Um juiz em Vila Velha-ES quer proibir jogar frescobol na área destinada ao esporte, na Praia da Costa pq o barulho incomoda. Pode?
ResponderExcluir