quando cheguei, olhei, perguntei: cadê?
seus muros, esquinas,
ruas e vielas, moças nas janelas?
quando te conheci eu sofri....
geo métrica socialista de poetas utópicos
serenatas mineiras no planalto central do país
necessário delírio que um visionário quis.
brasília, menina, meu bem!
seus vazios enchem minh’alma,
seu silêncio vem pedindo pr’eu cantar
chuva de verão, nuvem, viagem, chão
o cerrado é seu mar...
sim, eu vi quando comecei a te amar...
ah, maravilha!
o imenso redondo do céu que brasília tem,
quem caminha pelos seus longos verdes
conhece os segredos que só ela tem.
e enquanto poderosos por aqui
hipocritamente vão e vem,
brasília:
morada que toda gente brasileira tem!
essas águas... das quebradas...
sopra vento...
nessa goianas roças
onde encontrei meu amor.
sim eu sei, “cê” custou pra chegar
em mim você chegou pra ficar
assim, da-da-da-da-da.....
brasília
Saiba mais sobre o músico e poeta
Tonicesa Badu, natural de Goiânia, é cantor, compositor, arranjador, violonista, diretor musical, professor. Músico de formações diversas, cresceu assistindo Folias, Congadas e Catiras que passavam pelas ruas de Goiânia, então uma cidade interiorana, embora capital de estado. Ao mesmo tempo, participava como intérprete das apresentações de música erudita do conservatório de música da cidade.
Assim tomou contato com o Choro, a Valsa, o Samba, a Bossa Nova, a Tropicália, a Jovem Guarda, a música caipira, a música nordestina, os mineiros. E também o Rock, o Blues, o Jazz, o Soul, a música Pop. O experimentalismo acústico e eletrônico. Na música clássica, principalmente Villa Lobos, Chopin, Debussy. Hoje são vertentes que formam o universo sonoro de Tonicesa Badu.
Já dividiu o palco com grandes músicos de renome nacional e internacional, como Gilberto Gil, Tim Maia, Martinho da Vila, Carmen Costa, Xangai, Boca Livre, Sá e Guarabira, Jorge Mautner. Em estúdio, teve o privilégio de gravar com Oswaldinho do Acordeon, Lula Galvão, Paulo André, Hamilton de Holanda, Fernando César, Nema Antunes, Marcos Brito, Cacau, Leander Motta, Fernando Machado, Renato Vasconcellos, Erivelton Silva e outros.
No trabalho de Tonicesa Badu a tônica é a simplicidade. O canto afro-soul-brasileiro de Badu busca sintonia com o que há de melhor na música brasileira: a herança indígena, européia, africana e norte americana, imprimindo climas de alegria e energia, numa proposta cujos principais objetivos são o prazer e o entretenimento da plateia.
Fonte: Site do Clube do Choro de Brasília
Esse blog está cada dia mais poético. Dessa poesia que brota no Cerrado sem fim que, no tempo das águas ou de chão seco traz sempre a marca de quem se sabe gurdião da Amazônia. Poesia, pura poesia. Parabéns ao CaféVeneno pela conquista desse poeta.
ResponderExcluirMemélia