segunda-feira, 20 de junho de 2011

Há mais mistérios numa salada de tomates do que supõe nossa vã filosofia...

Por Clara Favilla

Tem coisa mais trivial do que salada de tomates? Ela é o mais frequente acompanhamento do nosso arroz/feijão de todos os dias. Mas, lamento se você não tem aquela salada de tomates predileta, aquela inesquecível, onde o fruto (trata-se sim de um fruto), reine soberano, sem rival, entre os alimentos crus de nossa mesa.

A melhor salada de tomates de Brasília, quição do Brasil e do mundo

A minha salada de tomates inesquecível é a da minha madrinha Nair, uma das irmãs mais velhas de minha irmã. Nascida e criada em Ouro Fino, sul de Minas, vive hoje rodeada por filhos, noras, um genro, netos e bisnetos, em Itaúna, bem pertinho de Belo Horizonte.

Na salada da madrinha Nair os tomates estão mais para maduros do que para verdes e são enfeitados por algumas rodelas de cebolas. O tempero nem azeite leva, mas óleo mesmo desses de soja. Sei lá o que ela faz. Acho que ela tem um pózinho mágico que misturado ao sal e à pimenta-do-reino  dá sabor especial à modesta salada que faz. Melhor ainda se servida com arroz acabado de sair da panela de pedra e um ovinho estrelado de gema molinha no centro e quase durinha nas beiras, a clara levemente totasdinha por baixo.

O bônus do almoço no Bar do Sílvio foi o reencontro com o casal Márcia Lorenzatto e César Borges,  companheiros de profissão e amigos de longa data. A foto foi feita no Dona Lenha da 413 Norte, onde o  Badu nos levou, depois do almoço, para um delicioso café.
                                                       
Eu já dei muitas e muita voltas inteiras e meias  pelo país dos pomodoros, a Itália. Mas nem na Toscana, nem na Sicília, Umbria ou Calábria encontrei salada de tomates como a da madrinha Nair. Na Grécia, as que comi quase chegaram lá.

Mas como não há reinado que sempre dure, no sábado, a convite da amiga Penha Saviatto fui ao Bar do Silvio, um boteco, na 104 Norte,  que lhe foi apresentado por Eduardo Badu. E não é que lá encontrei uma salada que considerei ligeiramente superior a da minha madrinha? Badu diz que é a melhor de Brasília. Eu digo que tende a ser a melhor do mundo, pelo menos do meu mundo conhecido.


Badu e Penha: Efeito café do grão especial Cofee Lab. No Dona Lenha ele é servido com uma palito de cana-de-açucar que `funciona como colher e lhe sabor extra. 

No almoço, dividi um bife de fígado com a amiga Penha. Gente, igualzinho aos a minha infãncia feitos pela milnha avó ou minha mãe: selado na face e contraface e tenro por dentro. Dizem que a rabada do Bar do Sílvio também é de se comer rezando. Tô doida para experimentar.

Não vou entrar em mais detalhes porque o Badu prometeu um post para este blog sobre a alta gastronomia de boteco, disponível em Brasília. Aguardemos!

6 comentários:

  1. Maravilha, né??? Me deu fome:))))Penha Saviatto

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  2. É só coisa gostosa que vocês me apresentam. Mas eu me vingarei na volta. Comerei todos os tomates da nossa mesa, da mesa da frente, da mesa ao lado, de todas as mesas. Não sobrará tomate sobre tomate.
    Delícia de encontro.
    Memélia

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  3. Delícia de encontro, maravilha de almoço. Amo salada de tomate. Não tenho tantas mesas como a Memélia, mas comerei. Quando for a Brasília irei ao Sílvio. Beijos.

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  4. Quem não ama uma deliciosa salada de tomate com arroz e feijão? E um bife de fígado? Senti água na boca e amanhã imitarei o cardápio.
    Parabéns pelo texto.

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  5. Conheço o Sílvio. Recomendo a rabada deliciosa e claro, a salada de tomate que é mesmo do outro mundo.
    Parabéns pelo post. Vocês do Café e Veneno são demais.

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  6. Faz um tempão, desde a casa da mamãe, que não como fígado. Deu uma fome...
    Armênia Cristina

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