quinta-feira, 9 de junho de 2011

Eu, a Coronela e Marisa Raja Gabaglia

Celebro, aqui, meu reencontro com uma das minhas queridas amigas jornalistas: Ângela Coronel.  Fazia mais de uma década que não nos víamos. Primeiro, começamos a nos falar pelo FaceBook. Ela me disse que só usa o twitter  pra saber sobre blitz e engarrafamentos de trânsito.

Nós, em foto de Nira da Silva Foster

O reencontro se deu por obra e  a graça de alguem que é mesmo a graça feito gente:  Graça Seligman, que promoveu, nesta quarta, mais uma reunião em seu lindo atelier. Em cada um desses encontros, além de desfrutarmos de boa comida, boa bebida, aconchego, beijos e abraços, cafunés, massagens no ego e tudo mais que os amigos se dão ao direito de distribuir mutuamente, sempre deparamos com grandes surpresas.

Com todo mundo tuitando e facebucando , hoje em dia, ficou fácil pescar de nosso passado recente ou longínquo aquela pessoa que dobrou a esquina do tempo, mas de quem nunca nos esquecemos. E a pessoa linda da vez foi Ângela Coronel que lá estava com a irmã Bete que mora no Rio.

As duas tem, no lugar dos olhos,  faróis verdes emitindo boas energias e dando passagem para nosso afeto e lembranças. Foi tão forte o reencontro que um "velha amiga" delas retornou do Além e deixou que nos contassem  histórias. Todas já públicas, mas que fora enriquecidas de detalhes favorecidos pela intimidade da convivência. Estou falando de  Marisa Raja Gabaglia.
 

Marisa fez de sua vida um livro aberto. Lançou diariamente aos quatro ventos páginas e páginas de um folhetim. Páginas preciosas e também daquelas bem baratas. Morreu aos 61 anos, em janeiro de 2003. Uma vida cheia de paixão, atribulações, sofrimentos e alegrias destiladas em público. Imagino se essa mulher houvesse alcançado a época das redes sociais. O que estaria aprontando.

Ângela, Bete, eu, Graça

Por que Marisa está neste post? Por que  muitas de suas histórias, testemunhadas por Ângela, de quem foi madrinha de casamento (do primeiro), tornaram a noite passada na casa de Graça e Miltom Seligan uma das mais hilárias dos últimos tempos. Muito riso e emoção permearam o desfile de lembranças . E, por nos ter feito o bem que só boas gargalhadas fazem, erguemos vários brindes a ela.

Certa vez, por conta de uma carona que pegou de Marisa, Ângela acabou numa delegacia. Claro que Marisa tinha que bater o carro, bem naquele dia!  E, na delegacia, além da confusão em que se envolveram, foram obrigadas a testemunhar uma briga familiar: a de um casal (o marido, notório malandro) e um senhor de idade (o pai da moça) que acabou tendo um ataque cardíaco e morrendo.  Leiam bem: eu disse: morrendo... caído, estatelado,  bem, bem assim aos pés delas.

Meu reencontro com Ângela renderá muitos post. Ela foi casada com Ismar Cardona, gaúcho que viveu no Rio e em Brasília e que escrevia sobre economia quando ninguém ainda se dedicava seriamente ao tema nos jornais diários. Foi lendo Ismar Cardona em O Globo que me apaixonei pelo mundo dos negócios, finanças, da produção. Cardona, já falecido (2007), foi o mestre dessa turma toda que anda por aí escrevendo sobre taxas de juros, contas públicas, Balança Comercial, Produto Interno Bruto e lá vai pedrada. Assim,  merece um post só pra ele. Prometo.

8 comentários:

  1. Esses teus posts merecem sair em livro. Eles são a prova viva de que lembranças, mesmos as tristes, são a melhor companhia. Mais ainda se escritos com arte.
    Não conheço a "Coronela", mas já me senti tão próxima a ela.
    Escreve mais. Escreve muito. Dá gosto ler.
    Memélia

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  2. Hilário o encontro...Amei;)
    Penha Saviatto

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  3. Clara,
    Eis aque passo por aqui e deparo-me com um instante surpreendente, muito feliz pelo inesperado: reencontrar Ângela neste post. Ângela que tem todo o seu brilho pessoal, marcante na carreira, é claro. Mas como dissociar Ângela de Ismar? Você, Clara, não o conseguiu. A certo momento, quando ambos já possuiam perfil próprio consolidado, tornou-se difícil separar uma do outro.
    Ângela, eu e Virgínia guardamos carinhosamente a lembrança amiga de você e Ismar aqui em nosso alpendre, neste remanso de sossego que a vida pode nos proporcionar. Era bom demais saber que Ângela & Ismar (também grande empreendedor do jornalismo econômico, capacidade ou audácia rara em repórteres) estavam aqui na vizinhança.
    Ângela, por favor: acscarte@terra.com.br
    Scartezini

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  4. Postei um texto enoooorme que também deve ter ido parar numa nuvem ( escolhi Google. Onde será que está?). Vou procurar e postar novamente como anônimo. bjs Angela

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  5. Estou tentando postar e não estou conseguindo. Vai uma nova tentativa.
    Amei o post, como sempre. Acredita que eu já não me lembrava da Marisa Raja Gabaglia?
    Beijos

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  6. Estou fã do blog. Agora leio tudo. Parabéns pelo artigo.

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  7. Clara, adoro tudo que vc escreve. Tenho sempre que passar por aqui e me senti agora como se fosse amiga da Ângela. Pode? Bjs

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  8. Não conheço as pessoas, mas no passado ouvi muito falar na Marisa, era muito famosa. Gosto muito do seu texto, aliás, gosto do Café & Veneno.
    Vera

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