Capítulo II, buquê de margaridas
por Clara Favilla e Ângela Coronel
por Clara Favilla e Ângela Coronel
Bem, meu último post, a partir das fotos do primeiro casamento de minha amiga Ângela Coronel, deu o que falar aqui mesmo (vejam comentários), no Twitter e no Facebook. Bem, há os que acreditam em festas do tipo contos-de-fada, mesmo que noivos e respectivas famílias acabem quase se matando na organização. E a noiva chegue à Igreja ou à recepção à beira de uma ataque de nervos. mas como se diz, mais vale um gosto, mesmo acompanhado de desgostos, do que dinheiro no bolso.
Vista do Rio, a partir da varanda do Clube Piraque, na Lagoa. O mais chique é a paisagem... |
E há os que acreditam que estamos nos perdendo em esbanjamentos nos dias de hoje. Faço parte dessa segunda turma. Principalmente porque não tenho como fazer festas que não sejam apostando no aconchego da minha casa, na boa bebida e comida. Caso minha filha resolva oficializar um relacionamento, nem eu ou os pais dela (sim, ela tem dois - achava estranho isso - mas ela acabou achando outros dois por conta própria. Um na Inglaterra e outro na Bélgica). Então são quatro, agora.
Bem, se todos eles se cotizassem para dar a Bebel uma festa de milhares de reais, dólares ou euros, certamente ela, mesmo com todo romantismo que lhe é peculiar, também seria bastante pragmática. Aplicaria o dinheiro em uma festa linda e simples, de forma que sobrasse bastante para comprar meia dúzia de flautas e fagotes de épocas e luthiers diferentes
Bem, mas vamos ler, o que a querida Ângela tem a dizer sobre o próprio casamento. Vale a pena:
Clara querida,
Só hoje li o post.Me deu vontade de contar mais um pedacinho do casório. Foi no Clube Piraquê, pela manhã. Um vizinho me deu carona pra chegar lá. Os parentes foram antes. Quando percebi que estava na hora de ir, vi que não tinha grana pro taxi.
Só hoje li o post.Me deu vontade de contar mais um pedacinho do casório. Foi no Clube Piraquê, pela manhã. Um vizinho me deu carona pra chegar lá. Os parentes foram antes. Quando percebi que estava na hora de ir, vi que não tinha grana pro taxi.
No meio do caminho me dei conta de que também não tinha pensado no buquê. Paramos no primeiro florista do Leblon, onde ganhei, do vizinho, um maço de margaridas, que a vendedora fez a gentileza de envolver em....papel de alumíno!!! Lá fui eu, feliz da vida, encontrar meu noivo e os amigos que se dispuseram a acordar mais cedo(era mais barato o aluguel do salão).
A festa foi de uma alegria só, cheia de amores e gargalhadas. Não teve lista de presentes (alguns chegaram com uma lembrança nas mãos), nem convite.Só um aviso (no quadro que ficava no cafezinho da redação) para os amigos.Os parentes foram na base do boca-a-boca. Consegui conversar com cada um dos que foram, receber beijos e abraços. E, por incrível que pareça, apareceu até uma freirinha, da família do ex, que ,precariamente, com uma oração, abençoou as alianças.
Acho que acabei influenciando as mulheres da família. Não houve uma sequer que tenha casado com pompa e circunstância. Uma optou por simplesmente se mudar para outra casa;outra fez uma feijoada regada a roda de chorinho, outra casou com um traje chinês original, que eu tinha acabado de trazer da China. E por aí foi. São todas mulheres independentes que hoje, separadas ou juntas com seus pares originais, levam a vida com prazer.
Obrigada, Clara, por me fazer lembrar de tanta coisa.
Angela Coronel
Essa série sobre casamentos devia se estender e cada uma de nós contar como foi o dia do primeiro casamento (ou será quu além de Graça Seligmann alguém mais continua no primeiro casamento?) Quem só casou uma vez conta como foi e qual segredo da longevidade. Não sei, acho que o segredo é amor mesmo.
ResponderExcluirEi amiga anônima, você precisa assinar embaixo pra sair do anonimato.
ResponderExcluirDas amigas jornalistas, as que continuam no primeiro casamento são poucas e a maioria porque se casaram mais tarde. Não é o caso da Graça e Miltom que se conhecem e estão juntos desde os quinze anos.
beijos
Aliás, o segredo de tudo na vida é mesmo o amor, anônima(sempre tive vontade de iniciar um texto com um ALIÁS. Consegui!). Que um ou todos os casamentos de cada pessoa sejam repletos de amores. E que, com ou sem pompa, todos tragam felicidade. angela coronel
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