terça-feira, 17 de maio de 2011

ULTIMA FLOR DO LÁCIO, Olavo Bilac - "Amo-te assim, inculta e bela/ desconhecida e obscura/ ó rude e doloroso idioma!"

Redação Café & Veneno

Pra quem nunca leu ou pra quem leu, já decorou e tem saudades do poema nesses dias que a Lingua Pátria está em pauta:  


  

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura;
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "Meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

6 comentários:

  1. O poema veio em boa hora. A língua pátria está sofrendo nas mãos do MEC. Parabéns ao Café & Veneno.
    Gente, sente só..."Amo o teu viço agreste e o teu aroma
    De virgens selvas e de oceano largo!
    Amo-te, ó rude e doloroso idioma..."

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  2. Agora estou acompanhando tudo. A Cris divulga e vou atrás. Adorei o poema, que confesso, não conhecia.
    Beijos ao pessoal do blog.

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  3. Parabens ao blog por postar o poema que veio em um momento de "briga" pela nossa língua.

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  4. Muito bom ler Olavo Bilac. Cris, valeu a recomendação no TT.
    Socorro

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  5. Viva a poesia!
    Mariana Shar

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  6. Legal um post com poesia.

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