Por Clara Favilla
Cai a tarde na Chácara da Porteira, em Brasília. Um pedaço do paraíso no final do Lago Sul, resultado do trabalho de uma vida da amiga querida, Ruth Scaff. O filho Daniel trata, agora, de fazê-lo rentável por meio de uma produção de orgânicos, hortaliças e legumes.
Foi um sábado delicioso com a turma do Café & Veneno e aderentes, nutrido pela mão poderosa da amiga Memélia no manejo das panelas. Foi um ensaio de despedida, a amiga retorna ao lar nos Estados Unidos. Mora em Orlando, num condomínio bem entre as "franjas da Minie", como definiu Ascanio Seleme e gosto de repetir.
Antes, faz palestra na PUC de Campinas, testemunha que foi de primeiros contatos com povos indígenas. Memélia andou a região do Araguaia a pé. Recita de cor nomes de rios, igarapés, pequenas cidades e povoados. Foi uma honra e uma benção tê-la tão intensamente conosco por mais de dois meses.
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A dona do paraíso: Ruth, o filho Daniel e netos |
A brisa de outono, no fim de tarde, prenuncia o friozinho da noite. Daniel traz a sobremesa e o café para a varanda. O papo corre solto. Bem alimentados e nutridos na carne e espírito parece que ninguém quer ir embora. Aproveito para fazer mais uma caminhada em volta da casa e me colocar em estado de admiração com tudo o que é delicado e exuberante na natureza.
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Quanta exuberância! |
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Encontrei vários pés de algodão |
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Delícia para passarinhos |
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Fartura de mamões |
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Flores abertas e em botões |
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Pássaro solitário |
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Delicadeza em lilás |
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Ruth, eu, Mariazinha e a estrela do almoço: Memélia |
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Daniel e Mariazinha |
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Olhá lá! Uma fogueira pronta para ser acesa! |
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Ô coisa boa! Milho e maxixe... |
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Ricardo caprichou no pratinho |
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Cozido é comida agregadora, diz Memélia. |
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A costelinha trazida pronta por Mariazinha |
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No Cozidão, itens podem ser escolhidos,o que agrada a todos |
O Cozidão maravilhoso foi um presente da Memélia aos amigos do Café & Veneno. Os preparativos para o almoço deste sábado começaram na tarde da sexta-feira, quando fui buscá-la na livraria Cultura da CasaPark, onde ela achou quase todos os livros que precisava sobre Mitologia.
Passamos no supermercado para comprar carnes e itens não produzidos na Chácara da Porteira. É uma delícia ver a paciência, o cuidado e o desvelo de Memélia no preparo de tudo que se propõe a fazer. Não rola nenhum stress e tudo funciona nos mínimos detalhes. Logo que chegamos em casa, carnes foram preparadas, temperadas, embaladas e colocadas na geladeira. Depois disso, ficamos conversando até quase três da manha.
Claro que acordamos tarde, mas em instantes tudo estava devidamente acomodado no porta-mala do carro. Confesso que sou um desastre nessas arrumações! Quando chegamos à casa da Ruth, precisam ver a felicidade de Memélia ao encontrar panelas de barro e de ferro, suas preferidas.
Enquanto o Cozidão ainda borbulhava e espalhava a coletânea de aromas que lhe é próprio, Memélia controlava a ansiedade de todos, colocando a nossa disposição parte da carne que ia ficando pronta e banana frita. Isso mais as entradas e os pães especiais encomendados pela Ruth deixoram a espera pelo prato principal bem divertida e confortável.Um verdadeiro ritual, celebração!
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Ricardo e Mariazinha: amigos pra sempre |
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Momento fofo! |
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A cozinha é sempre o melhor lugar das nossas reuniões |
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Nesta foto a Katita, que foi embora mais cedo |
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Muito carinho entre pães, frutas, verduras e legumes |
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Fotos acima foram feitas enquanto o cozido ficava no ponto |
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A primeira foto do dia. Este post foi feito do fim pro começo, como as fotos saíram postadas. Era para ser o contrário. Mas daria muito trabalho inverter a ordem. Então, o texto se ajustou às imagens. Até o próximo encontro! |
Que beleza a casa da Ruth, o cozidão da Memélia e o encontro dos amigos. Pena a amiga estar voltando para casa, mas é assim mesmo. O texto, como sempre, impecável e as fotos lindas.
ResponderExcluirBeijos.
Nossa, Clara, acho que conseguistes desvendar um dos meus segredos. Cozinhar, para mim, mesmo a comida do dia a dia, é um momento de celebração. É o momento em que nos aproximamos do divino porque o alimento é uma das formas de perpetuar a espécie. E quando se cozinha para amigos, o tempero se torna comunhão, fusão de carinhos.
ResponderExcluirCozinhar é, para mim, um ato de amor e por isso, essa celebração que conseguistes captar.
Esse comentário é para agradecer todos vocês que me concederam momentos de pura felicidade.
Memélia
A tarde foi curta demais para aproveitar esse pedacinho de paraíso. Queremos um fim de semana inteiro, para dormir e acordar com o canto dos passarinhos Ruth... A Eco-casa é linda, agradável, e a horta maravilhosa. Parabéns e obrigada por nos presentear com momentos de muito prazer
ResponderExcluirbjusss da Mariazinha
A Cris indica e eu venho correndo ler. Parabéns pelo blog. Estou adorando acompanhar.
ResponderExcluirUm grande beijo para os amigos da Cris Lopes que estão lendo e prestigiando nosso blog.
ResponderExcluirAdoramos ter leitores.
Beijos a todos
Clara, obrigada pelo beijo. Sou amiga da Cris e ela tem divulgado o blog. Aproveitei para ler e gostei muito. Divertido, simpático. Muito bom.
ResponderExcluirPois é seres queridos, você podem não entender mas a verdade é que não sei escrever pouco de jeito nenhum. Ou escrevo muito. Ou nada!
ResponderExcluirE desde que li este post que tento comentar mas sempre engasgo e a voz,oooops - o comentário - não sai. Emoção...
Gente, a vida é outra depois de encontrar vocês. Daqui, daí, do Rio e do mundão né Memélia linda?
E este encontro aqui em casa então... Nossa, demorou mas valeu a pena. Valeu muito pessoas! Venha mais vezes Mariazinha. Sempre. Clara e Memélia vocês são queridas demais e..., É isso que dá. Fico assim. Sem palavras. 100 palavras? Não. Nâo deu isso não, viu? DEU?